Durante a Primeira Guerra Mundial, o ator foi tenente de infantaria, recebendo uma medalha de honra após ser ferido. Passou pela Áustria, Alemanha e, enfim, foi para Nova York, nos EUA.
Após participar de peças teatrais menores, Lugosi foi escalado para
estrelar a adaptação do romance "Drácula", de Bram Stoker , na Broadway.
Após estrelar mais de 250 espetáculos como o vampiro, foi chamado pelo
estúdio Universal para a versão cinematográfica da história.
A pouca maquiagem e o forte sotaque húngaro se tornaram a marca de Lugosi. Com o sucesso veio o maior problema de sua carreira: desvencilhar sua imagem das produções de terror.
Apesar das tentativas, Lugosi não conseguiu convencer os executivos
da Universal de que poderia atuar em produções de outros gêneros. Na
segunda metade da década de 1930, o estúdio deixou de lado os filmes de
terror, e o ator passou a atuar em produções de segundo escalão.
Nesse período, Lugosi chegou a pedir dinheiro emprestado para sustentar
sua família e tratar das dores do nervo ciático, causadas durante o serviço militar.
Por causa do tratamento, Lugosi acabou viciado em morfina e metadona,
fato que fez com que os produtores de "Às Voltas com Fantasmas" (1948)
cogitassem substituí-lo por outro ator.
Abandonado e sem dinheiro, Lugosi foi "redescoberto" anos 1950 pelo
diretor Ed Wood, um de seus fãs declarados. Wood empregou o ator em duas
de suas produções, "Glen ou Glenda?" (1953) e "A Noiva do Monstro"
(1955), e ajudou-o a tratar de seus vícios em uma clínica.
Os planos de filmar um longa com Lugosi como Drácula acabaram
frustrados pela morte do ator, em 16 de agosto de 1956, aos 73 anos.
Porém, o material gravado por Ed Wood em um cemitério acabou entrando em
seu mais famoso filme thrash, "Plano 9 do Espaço Sideral" (1959), seu
trabalho mais cultuado.
Bela Lugosi foi enterrado em Culver City, na Califórnia, vestindo uma das capas utilizadas em seus filmes como Drácula.